top of page

O que você precisa saber para conduzir a prescrição em Oncologia?

Foto do escritor: Propósito Cursos e Pós-graduaçãoPropósito Cursos e Pós-graduação


A prescrição de medicamentos em oncologia é um processo complexo que exige um conhecimento aprofundado sobre os esquemas terapêuticos, a farmacocinética dos agentes antineoplásicos e a individualização do tratamento com base nas características do paciente. Além da escolha do regime terapêutico adequado, o farmacêutico deve compreender a classificação tumoral, o intervalo entre ciclos, as interações medicamentosas e os manejos de toxicidade mais frequentes. Esses fatores impactam diretamente a eficácia do tratamento e a segurança do paciente, tornando essencial uma abordagem criteriosa e baseada em evidências.

O texto abaixo aborda os principais aspectos que um farmacêutico deve conhecer para conduzir corretamente a prescrição em oncologia! Ao dominar esses conceitos, o profissional estará mais preparado para atuar na otimização da farmacoterapia oncológica, garantindo melhores desfechos clínicos e qualidade de vida aos pacientes.


Como realizar a classificação tumoral?

Um dos primeiros aspectos fundamentais na tomada de decisão terapêutica é a classificação do tumor, que geralmente segue o sistema TNM. Esse sistema determina a extensão da doença por meio de três parâmetros: o tamanho e a invasão local do tumor primário (T), o grau de comprometimento dos linfonodos regionais (N) e a presença de metástases à distância (M). A combinação desses fatores define o estadiamento da neoplasia maligna, categorizando-a em estágios que variam de I a IV, sendo os primeiros geralmente localizados e os mais avançados caracterizados por disseminação metastática. O estadiamento influencia diretamente a escolha do objetivo terapêutico, que pode ser curativo (quando há intenção de erradicar a doença) ou paliativo (quando o foco é o controle da progressão e melhora da qualidade de vida).


Quais impactos da classificação tumoral no tratamento do paciente?

Esse fator impacta a intensidade e a periodicidade do tratamento, pois tumores localizados e ressecáveis podem demandar abordagens menos agressivas, como cirurgia associada à quimioterapia adjuvante, enquanto doenças metastáticas frequentemente requerem esquemas prolongados de quimioterapia, terapia-alvo ou imunoterapia. Além disso, o perfil biológico do tumor, incluindo a presença de biomarcadores preditivos, pode modificar significativamente a estratégia terapêutica, permitindo a seleção de tratamentos mais específicos e eficazes. Assim, a compreensão detalhada do sistema TNM é essencial para embasar a prescrição oncológica e otimizar os desfechos clínicos.



Confira no vídeo abaixo mais alguns detalhes sobre esse tema! Uma explicação direcionada pela CEO e coordenadora da pós-graduação de Farmácia Oncológica da Propósito Cursos, a farmacêutica Amanda Arruda👇




Como entender as siglas dos esquemas terapêuticos na Oncologia?

Atenção: a prescrição em oncologia exige um conhecimento aprofundado sobre terminologias! A nomenclatura oncológica utiliza siglas que foram habitualmente convencionadas para descrever os regimes de quimioterapia, combinando as iniciais dos fármacos utilizados. Por exemplo, o esquema FOLFOX inclui ácido folínico (leucovorina), 5-fluorouracil (5-FU) e oxaliplatina, enquanto o CHOP é composto por ciclofosfamida, doxorrubicina (hidroxidaunorrubicina), vincristina (advindo do nome comercial Oncovin®) e prednisona, sendo um regime clássico para linfomas. O uso dessas siglas facilita a comunicação entre os profissionais de saúde e permite uma rápida identificação do tratamento, além de diferenciar variações dentro de um mesmo protocolo, como FOLFIRI (fluorouracil, leucovorina e irinotecano) e mFOLFIRINOX (modificado para reduzir toxicidade).


🚨Contudo, fique atento! 🚨 Para evitar erros de medicação, os esquemas terapêuticos devem estar altamente detalhados no prontuário, evitando a utilização de siglas na prescrição ou, ao menos, garantindo mecanimos de checagem no ato da prescrição, dispensação/manipulação e administração.


Quais cuidados devem ser tomados na avaliação dos medicamentos oncológicos?

A compatibilidade e a diluição são aspectos críticos na prescrição da terapia antineoplásica. Alguns medicamentos exigem diluentes específicos, como a paclitaxel, que deve ser diluído em soluções livres de PVC devido à sua interação com plastificantes. Além disso, a ordem de infusão em regimes combinados deve ser respeitada para evitar precipitação ou inativação de fármacos, como a recomendação de administrar a oxaliplatina antes do fluorouracil para minimizar neurotoxicidade. A escolha correta do diluente também influencia a estabilidade do fármaco e sua meia-vida após reconstituição. Outro ponto crítico é o tempo de infusão, que pode impactar diretamente a toxicidade do medicamento. Alguns fármacos, como o etoposídeo e a doxorrubicina lipossomal, exigem infusões prolongadas para evitar reações adversas graves, enquanto outros podem ser administrados em bolus. A padronização dos tempos de infusão é fundamental para garantir a segurança do paciente e minimizar eventos adversos.


Qual o papel do paciente gerar uma boa avaliação da prescrição oncológica?

Isso mesmo, não se engane, todos têm a sua contribuição! O paciente possui também responsabilidades no seu cuidado. As alergias e outras reações adversas importantes clinicamente devem ser informadas e documentadas a partir do relato do paciente. A ocorrência de alergias, inclusive, pode indicar predisposição daquele paciente às reações de hipersensibilidade, comuns em fármacos como platinas (ex: oxaliplatina e carboplatina) e taxanos (ex: paclitaxel e docetaxel). Nesses casos, a prescrição pode necessitar de pré-medicação específica com corticosteroides e anti-histamínicos, dessensibilização, ou, em situações graves, a substituição do esquema terapêutico.


Não se esqueça dos medicamentos de uso domiciliar!

A prescrição pode incluir antimicrobianos profiláticos para prevenir infecções secundárias em pacientes imunossuprimidos. Pacientes em tratamento mielossupressor prolongado podem necessitar de profilaxia com fluoroquinolonas, antifúngicos ou antivirais, dependendo do risco infeccioso associado ao protocolo oncológico. A decisão pelo uso profilático deve ser individualizada, considerando o estado imunológico do paciente e diretrizes institucionais para evitar resistência microbiana. Outros medicamentos que podem ser prescritos para uso domiciliar são antieméticos, laxantes e para o tratamento de mucosite. 🤗 Aqui fica uma reflexão: essas prescrições estão padronizadas e validadas na sua instituição? 🤔


A análise detalhada de todos esses aspectos é essencial para garantir a segurança e a eficácia da terapia oncológica, permitindo intervenções farmacêuticas que otimizam os resultados e reduzem complicações associadas ao tratamento.


Quer se juntar a nós e fazer a diferença na Oncologia? Inscreva-se no curso especialmente preparado para que desenvolva suas habilidades! Clique abaixo:



Você é um farmacêutico ou enfermeiro ou estudante em busca de melhorar seus conhecimentos na área da oncologia? Este é o curso ideal para você! Estruturado em módulos abrangentes, nosso curso oferece uma experiência única com aulas práticas e teóricas, que vão desde a introdução aos fundamentos da oncologia até aspectos avançados relacionados ao tratamento e manejo da dor em pacientes oncológicos.

Siga-nos no Instagram @propositocursos




 
 
 

Comments


bottom of page