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Como indicadores podem transformar o cuidado ofertado ao paciente?

Atualizado: 26 de nov.




Indicadores são métricas que avaliam o desempenho de processos e resultados em saúde. Eles são úteis no monitoramento da eficácia de tratamentos, da segurança do paciente e da eficiência dos serviços. Mas, mais do que números, os indicadores são ferramentas para transformar dados em ações que melhoram a qualidade de vida e contribuem para a sustentabilidade e visibilidade da empresa.


Estudos destacam que a falta de padronização na avaliação de resultados compromete a qualidade do cuidado. Por isso, integrar indicadores à assistência do paciente com câncer é essencial para identificar lacunas e propor melhorias baseadas em evidências.


Qual a importância dos indicadores?


Os indicadores ajudam a transformar informações em estratégias direcionadas, identificando áreas que precisam de melhorias e garantindo que os recursos sejam aplicados de maneira eficiente. A mensuração de desfechos clínicos e controle de efeitos colaterais é vital para compreender os resultados obtidos e assegurar que os pacientes recebam um cuidado cada vez mais qualificado.


Além disso, o uso de indicadores permite alinhar as práticas clínicas a padrões com credibilidade e de excelência, promovendo um cuidado mais seguro e eficaz. Em um cenário em que a incidência do câncer cresce cada vez mais, utilizar dados para fundamentar as decisões pode fazer toda a diferença na qualidade de vida dos pacientes.


Como os indicadores se alinham ao conceito de Value Based Healthcare?


Esse modelo busca maximizar os resultados clínicos para os pacientes enquanto otimiza os custos. Em um cenário em que as despesas globais com oncologia ultrapassaram US$ 223 bilhões em 2023, alinhar os esforços aos princípios do VBHC é uma necessidade imprescindível. Para implementar esse modelo, os indicadores devem ser selecionados com base em critérios claros, como sua relevância para o paciente e sua capacidade de refletir melhorias significativas. Isso garante que os esforços estejam alinhados às necessidades individuais dos pacientes e ao uso eficiente de recursos.


Para que os indicadores realmente gerem impacto, é essencial:

Definir metas transparentes e de forma bem descrita: por exemplo, aumentar em 15% a realização de admissões farmacêuticas.
Mensurar custos e benefícios: Comparar o impacto financeiro entre alternativas terapêuticas.
Engajar equipes parceiras: além da equipe multidisciplinar que estará envolvida no cuidado, aqueles que possuem cargos de liderança devem estar igualmente envolvidos com os propósitos.

Qual é a contribuição do farmacêutico no gerenciamento de indicadores?


Os farmacêuticos desempenham um papel indispensável no gerenciamento de indicadores, especialmente no monitoramento de tratamentos e na segurança do paciente. No caso do câncer de próstata, por exemplo, esse profissional pode avaliar a adesão às terapias hormonais, identificar potenciais interações medicamentosas e propor ajustes que otimizem os resultados.


Além disso, os farmacêuticos podem atuar como agentes de integração entre equipes multidisciplinares, facilitando a troca de informações e o alinhamento de metas terapêuticas. Ao monitorar dados de eficácia e segurança em tempo real, ocorre a antecipação de problemas, como a resistência ao tratamento hormonal ou complicações decorrentes do uso de quimioterápicos.


Outro aspecto fundamental é o apoio que os farmacêuticos oferecem na educação do paciente. Explicar os objetivos do tratamento, a importância da adesão e como lidar com efeitos adversos são ações que melhoram significativamente a experiência do paciente e os resultados clínicos, e que devem ser quantificadas e frequentemente reavaliadas através dos indicadores.



 

Os indicadores são mais do que números; eles representam o impacto do cuidado na vida dos pacientes. Utilizá-los de forma estratégica permite identificar fragilidades no sistema de saúde e implementar soluções baseadas em evidências. Quando usados corretamente, os indicadores garantem que cada etapa da jornada do paciente seja acompanhada de forma sistemática, promovendo melhorias contínuas.


Além disso, os dados gerados podem fomentar políticas e ferramentas mais eficazes, contribuindo para uma gestão mais sustentável em larga escala. Instituições que adotam indicadores de maneira consistente também ganham maior credibilidade, atraindo parcerias e recursos para expandir suas iniciativas. Em um cenário de avanços tecnológicos e novos tratamentos, como a terapia avançada, apostar na gestão de indicadores não é apenas uma escolha, é um compromisso com um futuro mais humano e eficiente na oncologia.


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