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Fevereiro Laranja: o que você sabe sobre leucemias?


As leucemias são um grupo heterogêneo de neoplasias hematológicas caracterizadas pelo crescimento descontrolado de células precursoras da medula óssea, comprometendo a hematopoiese normal. Essas doenças podem ser de acordo com a linhagem celular afetada (mieloide ou linfoide) e a velocidade de progressão (aguda ou crônica). Entre as principais formas, destacam-se a leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia linfoide aguda (LLA), leucemia mieloide crônica (LMC) e leucemia linfoide crônica (LLC), cada uma com particularidades fisiopatológicas e terapêuticas. O diagnóstico precoce e a estratificação do risco são essenciais para definir a abordagem terapêutica, sendo a farmacoterapia um pilar fundamental na condução clínica.
O Fevereiro Laranja é uma oportunidade para fortalecer a importância do diagnóstico precoce e do acesso ao tratamento adequado para leucemias. Campanhas de conscientização, aliadas ao avanço nas terapias e a contribuição relevante da equipe multiprofissional na assistência oncológica, são importantes para auxiliar em melhores prognósticos e qualidade de vida dos pacientes.

Quais são os principais mecanismos fisiopatológicos das leucemias e suas implicações no tratamento?

A fisiopatologia das leucemias envolve mutações genéticas que resultam em supervisão excessiva e diferenciação defeituosa das células hematopoiéticas. A LMA, por exemplo, frequentemente apresenta mutações em genes como FLT3 , NPM1 e CEBPA , enquanto a LLA pode estar associada a translocações como t(9;22) (BCR-ABL1). No caso das leucemias crônicas, a LMC é caracterizada pela presença do cromossomo Filadélfia, que leva à expressão da oncoproteína BCR-ABL1, enquanto a LLC pode estar associada a mutações no gene TP53, conferindo resistência a determinada terapias. A compreensão dessas alterações moleculares tem como objetivo o desenvolvimento de terapias-alvo, que revolucionaram o tratamento das leucemias nos últimos anos.


Confira com exclusividade um trecho do que o Dr. Lenilton Silva da Silveira Júnior, professor da pós-graduação de Farmácia Oncológica da Propósito Cursos, comentou sobre esse assunto!




Quais são as opções de tratamento farmacológico para os diferentes tipos de leucemia?

O tratamento das leucemias varia conforme o subtipo, a idade do paciente, comorbidades e fatores prognósticos. Para leucemias agudas, a quimioterapia intensiva é a base do tratamento, podendo incluir esquemas como o famoso 7+3 (citarabina e daunorrubicina) para LMA e protocolos como Hyper-CVAD para LLA. Em casos específicos, terapias específicas como inibidores de FLT3 (midostaurina, gilteritinibe) e anticorpos monoclonais (blinatumomabe, inotuzumabe ozogamicina) podem ser incorporados. No contexto das leucemias crônicas, a LMC é tratada com inibidores de tirosina quinase (imatinibe, dasatinibe, nilotinibe), enquanto a LLC pode ser tratada com inibidores da via do BCR, como ibrutinibe e venetoclax. A escolha do regime terapêutico deve considerar a eficácia, toxicidade e perfil de resistência.



🚨Novidade! Confira na íntegra o relatório técnico abaixo:


O que foi avaliado?



A terapia celular e a imunoterapia ganharam destaque no manejo das leucemias, especialmente em casos refratários ou reincidentes. O transplante alogênico de células-tronco hematopoéticas (TCTH) é uma opção curativa para muitos pacientes com LMA e LLA de alto risco, proporcionando uma nova fonte de células hematopoiéticas saudáveis. Além disso, a terapia com células CAR-T, como tisagenlecleucel e brexucabtagene autoleucel, mostrou resultados promissores no tratamento da LLA B-refratária e da LLC. Essas estratégias representam avanços inovadores, modificando paradigmas terapêuticos e exigindo um acompanhamento rigoroso para manejo de toxicidades como síndrome de liberação de citocinas e neurotoxicidade.

O avanço no tratamento das leucemias forneceu melhores prognósticos, mas também exige um acompanhamento rigoroso e individualizado. O farmacêutico oncológico desempenha um papel determinante na escolha e no ajuste das terapias, garantindo segurança, eficácia e adesão ao tratamento. Além de monitorar interações medicamentosas e eventos adversos, contribuindo com o desenvolvimento adequado do tratamento, esse profissional pode atuar na educação do paciente e junto com a equipe multidisciplinar, promovendo o uso racional dos medicamentos, desde o armazenamento até o descarte desses medicamentos - há muitos medicamentos orais indicados para os variados tipos de leucemias! Os resultados dessas abordagens estão, literalmente, nas mãos dos pacientes!

A introdução de terapias-alvo e imunoterapias requer atualização constante para melhorar os esquemas terapêuticos e prevenir complicações. A farmácia clínica também pode contribuir com a estratificação de risco, auxiliando na personalização do tratamento. Com uma abordagem integrada, o farmacêutico fortalece a assistência ao paciente com leucemia, reduzindo eventos adversos e potencializando os benefícios. Quer atuar de forma transformadora na vida desse paciente inserido na jornada oncológica? Acesse o link de inscrição abaixo e saiba mais!


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