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Qualidade de vida e prevenção do câncer: quais são os principais fatores de risco?

Foto do escritor: Propósito Cursos e Pós-graduaçãoPropósito Cursos e Pós-graduação

Atualizado: 18 de fev.


A prevenção do câncer está diretamente relacionada à qualidade de vida e à redução da exposição a fatores de risco conhecidos. Entre os fatores modificáveis, destacam-se o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a inatividade física e uma dieta rica em gorduras saturadas e pobre em fibras e vegetais. Estudos epidemiológicos demonstram que a exposição prolongada a esses fatores está associada a um aumento significativo na incidência de diversos tipos de câncer, incluindo os de pulmão, colorretal e mama. Sendo assim, medidas como controle de peso, atividade física regular e alimentação balanceada são essenciais para a redução do risco.



Quimioprevenção: como os fármacos podem prevenir o câncer?

A quimioprevenção é uma estratégia terapêutica que visa reduzir a incidência e a progressão do câncer por meio da administração de agentes farmacológicos com ação sobre diferentes fases da carcinogênese. O processo de desenvolvimento tumoral pode ser dividido em três etapas principais: iniciação, promoção e progressão, e os quimiopreventivos podem atuar em qualquer uma dessas etapas para minimizar o risco de transformação maligna das células.

Na fase de iniciação, que envolve alterações genéticas irreversíveis em células normais devido a agentes carcinogênicos, certas substâncias podem exercer efeito ao neutralizar espécies reativas de oxigênio (ROS) ou aumentar a capacidade de reparo do DNA.
Já na promoção, que se caracteriza pela regulamentação celular descontrolada, os agentes quimiopreventivos modulares vias de sinalização intracelular, regulando a expressão de genes envolvidos na sobrevivência celular e na apoptose.
Na progressão, quando há aquisição de características prejudiciais e invasivas por células malignas, essas substâncias podem atuar inibindo a angiogênese e a metástase.

Dentre os medicamentos amplamente estudados para a quimioprevenção, destacam-se os moduladores seletivos do receptor de estrogênio (SERMs), como o tamoxifeno, utilizado na prevenção do câncer de mama em mulheres com alto risco para a doença. Esses agentes competem com o estrogênio pelo receptor hormonal, impedindo sua ativação e, consequentemente, a imunidade celular em tecidos mamários suscetíveis. Estudos demonstram que o tamoxifeno pode reduzir a incidência de câncer de mama em até 50% em mulheres com alto risco, mas seu uso prolongado está associado a eventos adversos, como risco aumentado de tromboembolismo venoso e hiperplasia endometrial.




Vacinação: como pode se tornar uma estratégia de prevenção do câncer?

A vacinação é uma das estratégias mais eficazes na prevenção de cânceres associados a infecções virais, atuando na redução da incidência de neoplasias relacionadas a agentes oncogênicos. Diversos vírus estão implicados na carcinogênese humana, sendo os mais relevantes o papilomavírus humano (HPV) e o vírus da hepatite B (HBV). As vacinas contra esses patógenos desempenham um papel essencial na prevenção primária do câncer, impedindo a infecção viral e, consequentemente, uma cascata de eventos que pode levar à transformação celular maligna. A vacina contra a hepatite B é altamente eficaz na prevenção da infecção pelo HBV e, consequentemente, na redução da incidência do CHC. A implementação de programas de vacinação contra o HBV em diversos países resultou em uma queda significativa na incidência do CHC, especialmente em regiões endêmicas, como o Sudeste Asiático e a África Subsaariana.


Fatores dietéticos: como a alimentação impacta o risco de câncer?

A dieta desempenha um papel altamente relacionado na prevenção do câncer. Estudos indicam que o consumo elevado de vegetais crucíferos, flavonoides e compostos bioativos está associado a um menor risco de neoplasias, especialmente de mama e colorretal. Em contrapartida, dietas ricas em carne vermelha, ultraprocessados e com alto teor de gorduras trans são fatores de risco bem estabelecidos. A suplementação de vitaminas, como selênio e vitamina E, foi investigada, mas os resultados sugerem que não há efeito protetor consistente contra o câncer.


Confira no vídeo abaixo mais alguns detalhes sobre esse tema! Uma explicação direcionada pela CEO e coordenadora da pós-graduação de Farmácia Oncológica da Propósito Cursos, a farmacêutica Amanda Arruda👇


O farmacêutico desempenha um papel estratégico na prevenção do câncer por meio da educação em saúde, orientação sobre o uso racional de quimiopreventivos e incentivo à adesão à vacinação e outras questões associadas ao estilo de vida. A conscientização sobre fatores de risco modificáveis e a implementação de políticas de saúde são aspectos fundamentais dessa atuação. A prevenção do câncer deve ser multifatorial e a integração de profissionais de saúde, incluindo farmacêuticos, é essencial para promover medidas preventivas e melhorar os desfechos clínicos. Saiba a importância de se manter sempre bem informado: o avanço da pesquisa translacional e a personalização das abordagens terapêuticas podem revolucionar a prevenção oncológica nos próximos anos.


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