Imagem: reprodução CarePlus
O verão é uma estação marcada para alta exposição ao sol, o que aumenta o risco de danos à pele, especialmente em um país tropical como o Brasil. A radiação ultravioleta (UV) proveniente do sol é um dos principais agentes etiológicos do câncer de pele, sendo responsável por mutações no DNA celular. A conscientização sobre a fotoproteção, incluindo o uso de protetor solar, roupas adequadas e acessórios como chapéus e óculos escuros, é fundamental para prevenir lesões e neoplasias malignas. Por isso, farma, estamos aqui para te alertar: o verão é uma oportunidade para fortalecer a importância do autocuidado e a detecção precoce de lesões suspeitas, contribuindo para o diagnóstico e o tratamento eficaz.
Vamos relembrar: quais as particularidades histológicas da pele?
A pele, o maior órgão do corpo humano, atua como uma barreira essencial entre o organismo e o ambiente externo. Sua estrutura é composta por três camadas principais: epiderme, derme e hipoderme, cada uma com funções específicas que contribuem para a proteção, regulação térmica e percepção sensorial. No entanto, devido à sua exposição contínua a fatores externos, como a radiação ultravioleta (UV) emitida pelo sol, a pele está particularmente vulnerável a danos acumulativos ao longo do tempo. A radiação UV é capaz de causar alterações no DNA das células da pele, promovendo mutações genéticas que podem desencadear a formação de tumores malignos.
Quais os fatores de risco para o desenvolvimento de uma neoplasia na região da pele?
Os tumores de pele são as neoplasias mais frequentes no Brasil, sendo classificados em câncer de pele não melanoma e melanoma. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os casos de câncer de pele não melanoma superam, em número, todos os outros tipos de câncer somados. Embora o melanoma seja menos prevalente, ele apresenta maior letalidade devido ao seu alto potencial de desenvolvimento de metástases, exigindo maior atenção clínica. Entre os fatores de risco mais relevantes estão a exposição cumulativa à radiação ultravioleta (UV), principalmente em regiões tropicais como o Brasil, o histórico familiar de câncer de pele, e o fototipo claro (tipos I e II na classificação de Fitzpatrick), que são mais suscetíveis aos danos causados pela radiação solar. Além disso, a presença de múltiplos nevos melanocíticos, episódios prévios de queimaduras solares, e condições de imunossupressão, como em pacientes transplantados ou em tratamento oncológico, também são prejudiciais.
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⚠️ A conscientização sobre medidas preventivas, como o uso regular de protetor solar, roupas de proteção, e a realização de consultas periódicos são é fundamentais para a detecção precoce, especialmente no caso de melanoma, em que o diagnóstico no momento adequado é determinante na jornada do paciente. ⚠️
Como podem ser classificados os tumores cutâneos?
Os cânceres de pele podem ser classificados em câncer de pele não melanoma, que inclui os carcinomas basocelulares e espinocelulares, e melanoma, que origina-se nos melanócitos. O carcinoma basocelular, o tipo mais comum, tem crescimento lento e raramente metastatiza, mas pode causar danos locais significativos. Já o carcinoma espinocelular tem maior probabilidade de invasão local e disseminação para outros órgãos, especialmente se não tratado precocemente. Por outro lado, o melanoma é menos frequente, mas extremamente agressivo, com alto risco de metastatização, tornando-o o tipo mais letal entre os cânceres de pele.
Apresenta-se como uma pápula ou nódulo arredondado, de coloração perolada ou translúcida, frequentemente com bordas elevadas. Pode ser observada a presença de telangiectasias (vasos sanguíneos dilatados) na superfície, conferindo um padrão vascular característico.
Carcinoma Espinocelular (CEC): o carcinoma espinocelular é mais agressivo que o carcinoma basocelular e pode metastatizar para linfonodos regionais e órgãos distantes. Ele também está associado à exposição solar excessiva, mas pode ocorrer em qualquer parte da pele. Clinicamente, manifesta-se como uma lesão endurecida, com crostas ou úlceras que não cicatrizam. Além da exposição solar, outros fatores de risco incluem o uso de imunossupressores, infecção por HPV e histórico de queimaduras solares severas.
Apresenta-se como uma mancha ou placa assimétrica, de bordas irregulares e mal definidas. A coloração é heterogênea, variando de tons de preto, marrom, azul e, ocasionalmente, vermelho ou branco (indicando áreas de regressão).
Conclusão
A conscientização sobre os tipos de câncer cutâneo, seu diagnóstico precoce e a escolha da melhor abordagem entre os tratamentos disponíveis são essenciais para melhorar os prognósticos e garantir um cuidado mais eficaz. O monitoramento regular da saúde da pele, aliado ao uso de proteção solar, pode ser decisivo para prevenir o desenvolvimento desses tumores, especialmente em populações de risco. Lembre-se: a monitorização regular da pele e o acompanhamento de pacientes com histórico de câncer de pele são práticas recomendadas para a detecção precoce de recidivas ou novos tumores.
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REFERÊNCIAS
UPTODATE. Basal cell carcinoma: Epidemiology, pathogenesis, clinical features, and diagnosis. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 7 jan. 2025.
UPTODATE. Melanoma: Clinical features and diagnosis. Disponível em: https://www.uptodate.com. Acesso em: 7 jan. 2025.
INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER (INCA). Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil, 2023-2025. Rio de Janeiro: INCA, 2023.
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